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Uma quadrilha de tráfico de drogas foi presa pela PC em Pouso Alegre-MG; Mansões e carros de luxo são apreendidos

Operação 'Big Shark': Mansões e carros de luxo de traficantes em Minas Gerais são apreendidos


Quatro integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas foram presos pela Polícia Civil em Pouso Alegre, no Sul de Minas. Veículos de luxo e imóveis de alto padrão, que teriam sido adquiridos com recursos ilegais, foram apreendidos durante uma operação chamada de Big Shark.

Mais detalhes sobre a quadrilha e a investigação serão divulgados pelo delegado Thiago de Lima Machado, do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).

Áudio da Coletiva de Imprensa:


A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações acerca de uma organização criminosa suspeita de envolvimento em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As apurações resultaram na operação Big Shark, ocasião em que policiais cumpriram mandados de prisão, de busca e apreensão e sequestro de bens. Até o momento, cinco pessoas foram presas e quatro permanecem foragidas.

As investigações, que duraram cerca de um ano, iniciaram por meio de troca de informações entre o Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) da PCMG, com o apoio da Delegacia Regional em Pouso Alegre, e a Polícia Civil do Estado de São Paulo. A Polícia Civil do Estado do Amazonas também participou da operação. Ainda, os trabalhos policiais contaram com o apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário em Pouso Alegre.

O delegado Thiago de Lima Machado conta que a operação Big Shark foi deflagrada no dia 5 deste mês, quando foram expedidos nove mandados de prisão, e outros de 15 de busca e apreensão e sequestro de veículos, imóveis e contas bancárias. As ordens judiciais foram cumpridas em Pouso Alegre, no Sul de Minas, e também em cidades de São Paulo e do Amazonas.



Liderança criminosa

As investigações identificaram que, em 2020, o grupo se estabeleceu em Pouso Alegre e passou a realizar diversas negociações de veículos e imóveis, incluindo loja e boate na cidade mineira. De acordo com o delegado, o suspeito de liderar a quadrilha, já conhecido no meio policial paulista, levava uma vida luxuosa: "se passava por empresário, mantinha contato com pessoas até do serviço público, com outros empresários, pessoas de bem, com padrão de vida elevado".

Entretanto, Machado pontua que trata-se de um indivíduo de alta periculosidade. "Já possuía dois mandados de prisão. Por duas ocasiões, segundo pesquisas, envolveu-se em troca de tiros com policiais civis do estado de São Paulo. Já foi suspeito por roubo em 2016", enfatiza. Além disso, a esposa do investigado também é suspeita de fazer parte da associação criminosa. "Ela auxiliava ele na gerência dos bens, nas negociações de imóveis. Ela era responsável pela parte de contato com os condomínios de onde eles moravam e também era auxiliada pela própria mãe e a avó", destaca o delegado ao ressaltar que, além dos nove que estão com mandados de prisão, outros seis suspeitos também são investigados.

O líder do grupo e mais dois comparsas tinham conexão com traficantes do estado do Amazonas. "Eles enviavam cargas de maconha diretamente para São Paulo", afirma o delegado. Os principais suspeitos que atuam no estado amazonense já foram presos por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Atualmente, um é considerado foragido e o outro já está no sistema prisional, em decorrência de uma ação da Polícia Federal, quando o indivíduo foi abordado transportando um caminhão com mais de 1 tonelada de maconha.

Fonte: Polícia Civil

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