---->

Servidores da segurança reivindicam reajuste em Belo Horizonte

Marcha com mais de 35 mil pessoas em BH.

Nesta segunda-feira, dia 21 de fevereiro, ocorreu um Ato de resistência pela dignidade dos Policiais e Bombeiros Militares, Policiais Civis, Penais e Agentes Socioeducativos em Belo Horizonte-MG.

O movimento deve persistir, segundo definido em assembleia, enquanto o governo de Minas não se posicionar sobre o reajuste salarial reivindicado pelos policiais e Agentes Socioeducativos.

Mesmo paralisadas, as forças de segurança precisarão manter contingente mínimo na ativa, conforme determina a Constituição Federal.

De acordo com os policiais, o governo de Romeu Zema não honrou um acordo feito em 2019, quando prometeu reajustar os salários da categoria, de forma escalonada, em 41% até setembro de 2021. Mas, segundo os servidores, apenas 13% de reajuste foi concretizado.

“A paralisação já iniciou. Ela foi deliberada pelos presidente de associação de cada categoria: Polícia Civil, Polícia Penal, Bombeiros, Polícia Militar e agentes socioeducativos”, afirmou à imprensa o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), uma das vozes do movimento.

 

 


Os policiais foram recebidos na Assembleia Legislativa pelo presidente da Casa, Agostinho Patrus (PV). O político, que mantém clima tenso com Zema, fez criticas indiretas ao governador, sugerindo que a falta de diálogo da administração estadual tem levado a cenários de enfrentamento. 

Os policiais querem que o governo Zema envie um projeto de lei à Assembleia de Minas com o restante do reajuste acordado.

O governo Zema alega que sem o RRF, não é possível estabilizar as contas mineiras. A proposta é uma espécie de acordo com o governo federal em torno da dívida que o estado mantém com a União. Em troca de aliviar o pagamento da dívida, cortando juros e alongando prazos, o governo federal impõe uma série de ajustes fiscais.

É aí que entra o desacordo da Assembleia Mineira. Os deputados temem que as fortes medidas de ajuste fiscal previstas no RRF congelem investimentos públicos, salários e deixem o estado em situação de penúria ainda maior.

Por meio de nota, o governo Zema se posicionou sobre as reivindicações dos policiais e voltou a defender a recuperação fiscal como saída para este e outros entraves. Confira:

Desde o início da gestão atual, o Governo de Minas vem equilibrando as contas e recuperando a capacidade financeira do Estado, o que permitiu realizar o pagamento dos salários dos servidores públicos de Minas Gerais de forma integral, no quinto dia útil do mês, além da quitação do 13º salário sem parcelamentos.

A renegociação da dívida bilionária com a União, por meio do plano de recuperação fiscal, permitirá uma nova recomposição dos salários dos profissionais de segurança. Continuamos em busca de outras alternativas para fazer a reposição das perdas inflacionárias.


Neste sábado à noite, dia 19 de fevereiro, o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, publicou nota de apoio aos manifestantes, em um movimento incomum para a corporação. 

Disse em nota: "Trata-se de um evento legítimo, inclusive com a participação de quem ombreia na ativa ou ombreou o bom combate (veteranos e da reserva) e estabeleceu alicerces para estarmos onde estamos. Unidos, teremos garantido os nossos direitos e a defesa e proteção do povo mineiro".

O Jornal o Aperitivo apoia os servidores nesta luta que está amparada pela Constituição Federal Brasileira.
Tecnologia do Blogger.