1ª Caminhada de Conscientização do Autismo em Piranguinho-MG
A data é voltada para a conscientização da sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
EM ENTREVISTA:
Patrícia, Eloisa foram entrevistadas pela Paula Schimith.
Em entrevista foi perguntado qual a motivação que as mãe dos autistas tem? E uma de suas motivações, além dos filhos, é dar voz a elas e mostrar que são unidas, buscando sempre transmitir a informação do autismo, para diminuir o preconceito. Informaram também que as mães tem um grupo no whatsapp que tem como principal objetivo aumentar a rede de apoio, pois se sentem muito sozinhas.
O que gostariam de falar para a população? Gostariam de mais respeito, não só para as mães como a população no geral, buscando mais humanidade e empatia. Precisando assim, que as pessoas se informem sobre o que é o autismo, pois não se fala muito sobre isso e por esse motivo pensaram em fazer essa caminhada.
Que conselho vocês dariam para as mães que tem filhos autistas e não sabem onde buscar informações? Buscar parceria, psicólogo, terapeuta, médico, e principalmente a família. A mãe recebe o diagnostico e se sente no chão, passando por um luto, porque acaba desconstruindo tudo que se imaginou para o nosso filho, pensando em tudo o que vamos passar, preconceito, olhares tortos, por isso do apoio familiar e de amigos.
Reforçaram o apoio também de toda a rede, municipal, estadual e até mesmo federal, com um trabalho em conjunto.
Patrícia, Eloisa e Dicelaine foram entrevistadas pela Paula Schimith.
Dicelaine deu exemplo de seus filhos, falou que um deles estava ali e o outro estava em crise, pois nem todo autista se mistura com todo mundo. Destacou que esse processo com os filhos tem que começar dentro de casa, mais também precisa que todo mundo tenha ciência de que um não é igual o outro.
Destacaram também a importância de se vestir a camiseta, "tendo que ser e não parecer".
O QUE É O AUTISMO E COMO IDENTIFICAR?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) sempre existiu em nossa sociedade. Porém, até hoje, diagnosticá-lo ainda é um grande desafio para a medicina, dada a heterogeneidade na apresentação clínica e na ampla gama de possíveis genes causadores da doença. Com um crescente aumento de sua incidência, a identificação precoce dos sinais e, acima de tudo, o tratamento preventivo desde o planejando da gravidez, são ações importantes para diminuir o número de casos registrados e garantir um futuro mais saudável e independente para aqueles que forem diagnosticados.
O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.
A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.
Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica.
A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais. Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em pessoas geneticamente predispostas. Embora nenhum destes fatores pareça ter forte correlação com aumento e/ou diminuição dos riscos, a exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias (como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g), gestações múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade parental avançada são considerados fatores contribuintes para o desenvolvimento do TEA.
Fatores de risco para um componente genético: evidências indicam influência de alterações genéticas com forte herdabilidade, mas trata-se de um distúrbio geneticamente heterogêneo que produz heterogeneidade fenotípica (características físicas e comportamentais diferentes, tanto em manifestação como em gravidade). Apesar de alguns genes e algumas alterações estarem sendo estudadas, vale ressaltar que não há nenhum biomarcador específico para TEA.
O diagnóstico de TEA é essencialmente clínico, feito a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos. Instrumentos de vigilância do desenvolvimento infantil são sensíveis para detecção de alterações sugestivas de TEA, devendo ser devidamente aplicados durante as consultas de puericultura na Atenção Primária à Saúde. O relato/queixa da família acerca de alterações no desenvolvimento ou comportamento da criança tem correlação positiva com confirmação diagnóstica posterior, por isso, valorizar o relato/queixa da família é fundamental durante o atendimento da criança.
Manifestações agudas podem ocorrer e, frequentemente, o que conseguimos observar são sintomas de agitação e/ou agressividade, podendo haver auto ou heteroagressividade. Estas manifestações ocorrem por diversos motivos, como dificuldade em comunicar algo que gostaria, alguma dor, algum incômodo sensorial, entre outros. Nestes momentos é fundamental tentar compreender o motivo dos comportamentos que estamos observando, para então propor estratégias que possam ser efetivas.
Dentre os procedimentos possíveis temos: estratégias comportamentais de modificação do comportamento, uso de comunicação suplementar e/ou alternativa como apoio para compreensão/ expressão, estratégias sensoriais, e também procedimentos mais invasivos, como contenção física e mecânica, medicações e, em algumas situações, intervenções em unidades de urgência / emergência.
O acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com pediatra, fonoaudiólogos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais, também é importante para uma análise mais minuciosa de todos esses fatores. Somente assim, teremos mais chances de prevenir e diagnosticar precocemente o TEA, proporcionando um futuro mais saudável para os pequenos, de forma que se tornem adultos independentes e produtivos para nossa sociedade.
Fonte: Governo Federal
PIRANGUINHO OFERECE A CARTEIRINHA PARA O AUTISTA:
O CRAS confecciona Carteirinha do Autista, e para isso basta levar alguns documentos:
-RG ou certidão de nascimento;
- RG dos pais ou responsável;
-Comprovante de endereço;
-Tipo sanguíneo;
- Alergias alimentares e a medicamentos;
-Grau do autismo CID;
-Medicação;
-Foto 3x4.
Maiores informações, entrar em contato com o CRAS pelo telefone (35) 3644-1478.
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